miércoles, 15 de julio de 2009

De Berntein a Liu Chao-Chi


Tomado do xornal A Nova Democracia, parecenos un artigo oportuno na loita contra os vellos e novos revisionistas.

De Bernstein a Liu Chao-Chi
Kao Jung


A "teoria das forças produtivas" é uma tendência ideológica do revisionismo internacional. Segundo esta "teoria", a revolução socialista é absolutamente impossível em um país onde o capitalismo não está altamente desenvolvido, onde as forças produtivas não alcançaram um alto nível e a economia rural é dispersa e atrasada. Segundo ela, o socialismo se produzirá naturalmente no caso de se permitir que o capitalismo se desenvolva plenamente primeiro e que as forças produtivas se tenham desenvolvido enormemente.
Há mais de meio século, de Bernstein, Kautsky, Trotsky a Chen Tu-siu e Liu Chao-chi, este punhado de renegados do proletariado quiseram fazer esta teoria absurda passar por materialismo histórico, usando-a como argumento teórico para se opor à revolução proletária.
Não foi por acaso que a "teoria das forças produtivas" tenha surgido no fim do século XIX e princípio do século XX. Então, o capitalismo mundial havia se desenvolvido até sua etapa agônica, ou seja, a etapa do imperialismo, na qual a revolução proletária passou para a ordem do dia. Para satisfazer as necessidades dos imperialistas, os revisionistas de velho tipo da II Internacional — Bernstein, Kautsky e Cia. — espalharam esta falácia com a intenção de se opor e estrangular a revolução proletária a partir do seio do movimento operário.
Bernstein foi o primeiro a apresentar esta falácia em 1899, em seu livro As premissas do socialismo e as tarefas da social-democracia. Ele sustentou que o capitalismo poderia entrar pacificamente no socialismo à medida que as forças produtivas sociais se desenvolvessem altamente. Portanto, disse, a revolução pela força armada se converteria em pura fraseologia. Declarou arbitrariamente que a vitória do socialismo só podia depender do progresso geral da sociedade, em especial do aumento das riquezas sociais ou do crescimento das forças produtivas sociais, acompanhados do amadurecimento da classe operária em termos de conhecimentos e moralidade. Concluiu: quanto ao sistema capitalista, não se deve destruí-lo, mas fomentar seu desenvolvimento.
O renegado Kautsky tampouco economizou esforços por preconizar a reacionária "teoria das forças produtivas". Em seu livro O caminho para o poder, escrito em 1909, alegou que apenas onde o modo capitalista de produção estivesse altamente desenvolvido, existia a possibilidade de transformar, mediante o poder estatal, a propriedade capitalista dos meios de produção em propriedade pública.
Lênin empreendeu repetidas e enérgicas lutas contra a reacionária "teoria das forças produtivas" antes e depois da Revolução Socialista de Outubro. Destacou que a vitória da revolução socialista seria conquistada primeiro na Rússia, o elo débil do mundo capitalista. O triunfo da Revolução de Outubro confirmou plenamente a certeza da brilhante conclusão de Lênin.
Depois da vitória da Revolução de Outubro, Kautsky continuou esgrimindo a desgastada arma da "teoria das forças produtivas". Tornou-se ainda mais desenfreado ao se opor à Revolução de Outubro e a que o povo soviético seguisse o caminho socialista. Fechando os olhos para a realidade, Kautsky inclusive clamou, em 1930, que a revolução que havia ocorrido na Rússia só podia servir para abrir o caminho para o pleno desenvolvimento do capitalismo, e que, apenas quando o capitalismo estivesse altamente desenvolvido seria possível estabelecer uma sociedade socialista.
Portanto, alegou, os países industrializados da Europa Ocidental precederiam inevitavelmente os países europeu-orientais em sua marcha para o socialismo. Também cacarejou que sem um nível educacional relativamente alto nem uma indústria altamente desenvolvida não era possível em absoluto conseguir e manter uma produção agrícola massiva e, por conseguinte, a coletivização agrícola na União Soviética não era mais que um experimento descabido, que encontraria definitivamente o fracasso. Isto queria dizer que devido ao atraso das forças produtivas, o proletariado russo não podia manter em suas mãos o poder que havia tomado, tendo que deixar que a burguesia o dominasse.
Herdando a "teoria das forças produtivas" apregoada por Bernstein e Kautsky, Trotsky também atacou furiosamente a teoria de Lênin acerca de que a vitória do socialismo era possível primeiro em um país, e atacou a Revolução de Outubro. Em 1922, em seu epílogo a O programa de paz, Trotsky delirou, dizendo que a Rússia não havia alcançado ou nem sequer se aproximado da etapa de estabelecer uma sociedade socialista..., e que o socialismo seria possível apenas quando existisse uma base de forças produtivas desenvolvidas e prósperas.
Afirmou além disso que um ascenso real da economia socialista na Rússia se tornaria possível só depois que o proletariado triunfasse em vários dos mais importantes países europeus. Isto queria dizer que a União Soviética, que se encontrava atrasada economicamente, não estava qualificada para construir o socialismo. Tal falácia estava destinada, na essência, a criar uma opinião pública contra-revolucionária para uma restauração capitalista na União Soviética.
O grande mestre Lênin condenou de maneira veemente estes argumentos peregrinos. Sublinhou repetidas vezes o enorme papel que a revolução desempenhava no desenvolvimento da produção e que a tomada do poder e a mudança das relações de produção desempenhavam na promoção do desenvolvimento das forças produtivas. Assinalou incisivamente que, com o Partido Bolchevique, com sua consolidada aliança operário-camponesa e sob a direção de dito Partido, era inteiramente possível converter a Rússia em um poderoso país socialista depois da revolução. Disse: "Por que, então, se para implantar o socialismo é necessário determinado nível cultural (ainda que ninguém possa dizer qual é esse determinado "nível cultural"), não podemos começar pela conquista, pela via revolucionária, das premissas necessárias para obter este determinado nível e "depois", baseados no poder operário e camponês e no regime soviético, empreender a tarefa de alcançar os demais países?" além disso, ao criticar agudamente os partidários da "teoria das forças produtivas", expressou: "Mas o entendem [o marxismo] de uma maneira fartamente pedante. Não compreendem o principal dele: precisamente sua dialética revolucionária".
A renegada camarilha revisionista soviética traiu completamente o marxismo-leninismo e restaurou o capitalismo em todos os aspectos na União Soviética. Por suas necessidades contra-revolucionárias alegaram que, sob condições socialistas, a economia é mais importante que a política e que a questão da produção devia ser colocada em primeiro lugar, devia ocupar o centro de todas as atividades da organização do partido e devia preceder a todos os trabalhos de organização do partido. Tal disparate não é mais que uma reprodução da "teoria das forças produtivas" proposta pelos revisionistas de velho tipo.
A "teoria das forças produtivas" na China foi primeiro preconizada pelo renegado Chen Tu-siu. Em 1923, na sua obra A revolução nacional chinesa e todas as classes, recalcou unilateralmente que na China, "a indústria se encontra em sua infância e a cultura atrasada" e que "inclusive a burguesia ainda é muito infantil". Se opôs freneticamente a que o proletariado dirigisse a revolução e tomasse o poder. Vociferou: "Sob circunstâncias normais, o poder estará naturalmente nas mãos da burguesia logo depois do êxito da revolução nacional". Inclusive em 1938, cacarejou que "ainda existia bastante espaço para o desenvolvimento do capitalismo na China". Dizendo isso, esperava em vão liquidar no fundamental a revolução.
Tomando o legado dos renegados Bernstein, Kautsky, Trotsky e Chen Tu-siu, o renegado, agente do inimigo e vende-operários Liu Shao-chi apregoou constantemente a reacionária "teoria das forças produtivas". Combateu a revolução proletária e a ditadura do proletariado e cometeu crimes monstruosos.
O grande líder Presidente Mao nos ensinou: "O sistema socialista terminará por substituir o sistema capitalista; esta é uma lei objetiva, independentemente da vontade do homem". Aqueles que tratam de impedir o avanço da história não terão um bom fim. Assim como seus sucessores Bernstein, Kautsky e Chen Tu-siu, Liu Shao-chi foi afogado pela poderosa torrente histórica.

(Publicado en Pekín Informa, nº 38, setembro de 1969).

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