martes, 23 de octubre de 2012

As três grandes lacras. Un artigo do Ateneu Proletário Galego.

 

 

As três grandes lacras


A ultima revoluçom proletária que conseguiu triunfar na Europa -entendendo triunfo coma a toma do poder-, foi a Grega em 1945, (ainda que durou só um mês devido a agressom militar imperialista).
Desde 1945 ate hoje nom se deu nengumha revoluçom proletária na Europa. A este feito, o MCI (Movimento Comunista Internacional) tem que dar-lhe umha explicaçom. A nossa explicaçom é que foi principalmente a linha política das organizaçóns comunistas, que foi ditada -primeiro- e “herdada” -depois- do PCUS revisionista, o que impediu o triunfo do proletariado dos povos da Europa. A política das organizaçóns obreiras europeias estivo baseada em três grandes pontos, três lacras: o parlamentarismo, o sindicalismo e o frente-populismo. Estas som as três grandes lacras, entendidas coma políticas fomentadas e dirigidas polas organizaçóns comunistas. Estas políticas iniciarom-se em 1935 (no VII congresso da IC) e, prolongarom-se indefinidamente no tempo. Ainda que a situaçom histórica mudara qualitativamente, o mantimento do frente-populismo mais ala de casos históricos concretos onde sim tivérom sentido, foi umha herdança envenenada que persistiu ate hoje. Fórom umhas alianças nunca depuradas umha vez que deixárom de ter umha raçom histórica de ser.
Ante o cúmulo de fracassos destas políticas, nos cremos que se fai imprescindível o estudo histórico da luita de classes em geral e, dos casos em que a luita de classes se transformou num processo revolucionário, numha forma politicamente superior na luita de classes, em especial.
Antes de seguir queremos nomear certos temas elementais que justificam a pertinência deste artigo desde a perspetiva do destacamento comunista:
-O trabalho dum destacamento comunista (igual que o de todo MCI) está destinado a clarificar, a responder a perguntas que se fai o proletariado mais avançado politicamente. Nom podemos chegar a pessoas mais adiantadas sem ter preparado os temas mais importantes.
-O destacamento e todo MCI tem que aprender da experiência históricas da luita de classes. Criticando em profundidade os feitos históricos, estudando o que aconteceu é como aprendemos.
-O destacamento tem que determinar qual é o nível político do resto de destacamentos, para avaliar as diferencias, porque se nom hai diferencias políticas importantes, nom tem sentido a existência de diferentes destacamentos separados organicamente num mesmo povo. Por esta razom temos que ter claro que nos diferencia dos demais, temos que fazer crítica a sua teoria e praxe.
-Com quem começar? Pola base ou pola vanguarda? Esta é umha pergunta importante para um destacamento comunista. A nossa resposta é que para chegar às grandes massas é imprescindível contar com um aparato partidário forte que o tem que construir a vanguarda, polo tanto nom é possível chegar as grandes massas, ou o que é o mesmo devemos concentrar os nossos esforços em chegar as pessoas que já estam predispostas a aprender e trabalhar, às pessoas mais adiantadas politicamente. Ter como prioridade ao mais adiantado politicamente nom pode significar separar-nos das massas. Se centramos a nossa atençom em certos setores dos movimentos sociais verdadeiramente revolucionários tamem estamos fazendo um trabalho de massas. Um trabalho que tem todas as caraterística do trabalho de massas, ainda que som grupos limitados da militância dos movimentos sociais revolucionários. Nom podemos chegar às grandes massas mas nom deixa de ser um trabalho de massas, que é historicamente necessário para poder chegar no seu momento, a essas grandes massas.
Algumhas organizaçóns obreiristas que pretendiam achegar-se as grandes massas acabam alonxando-se dos movimentos sociais onde nasceram, mudando a sua linha política, rebaixando o seu discurso e transformando-se em revisionistas.
-O destacamento comunista está “obrigado” a ter umha linha política, ou o que é o mesmo a buscar a linha política justa em cada momento histórico. Umha linha política clarifica, ensinando-lhe a militância qual é a decissom correta.
-A experiência amossa-nos que a falta dumha linha política da-lhe um protagonismo a certas pessoas que som as únicas que podem entender os acontecimentos, concedendo-lhes umha grande “liberdade” para tomar decissóns.
-As três lacras das que falamos antes ancoram o futuro político do proletariado, impedindo totalmente a melhora na correlaçom de forças. Critica-las e supera-las é umha necessidade coletiva.
O trabalho que dedicamos a entender a raiz das derrotas e das vitorias é um tempo bem empregado, porque para construir um destacamento temos que responder a muitas perguntas, entre elas qual foi a raiz das derrotas sofridas.

As três lacras:

O parlamentarismo.
Quando os destacamentos comunistas como tais, participam em processos eleitorais legitimam ao próprio sistema burguês. Os destacamentos nom tenhem o aparato necessário para moviliçar às grandes massas. Os setores mais avançados do proletariado querem saber outras cousas, nom a quem votar. As pessoas que se começam a plantexar que o capitalismo é o maior problema da humanidade, que supera-lo e construir o socialismo é umha necessidade histórica, que só ela pode evitar a decadência e a autodestruçom, nom lhe podes contar que a soluçom aos seus problemas é um voto segredo para umha instituçom do estado burguês que nos oprime, um voto para o aparato do inimigo.
Os partidos comunistas (umha vez criado mediante a uniom da vanguarda teórica, com umha boa parte da vanguarda prática e os seus vínculos, as ligaçóns coas massas), em certos momentos de refluxo na luita de classes, com o fim de ganhar-se a umha parte da vanguarda prática mediante a utilizaçom do parlamentarismo burguês para assim desprestigiar e deslegitimar ao próprio estado, (nom realiçar umha gestom “progressista”), pode fazer um trabalho setorial temporalmente útil na estratégia geral da luita de classes. Mas tomar a participaçom no parlamentarismo coma umha norma levou-nos a atual situaçom de derrota.

O sindicalismo.
Os sindicatos fórom historicamente as primeiras formas de organizaçom obreira no processo em que o proletariado passou, de classe “em si”, a classe “para si”, no processo em que o proletariado tomou consciência de si mesmo e do mundo, umha vez superado o velo que punha a alienaçom do pensamento burguês.
Os sindicatos fórom capazes historicamente de moviliçar a grandes massas desarmadas.
Os sindicatos som instrumentos de auto-defensa obreira no capitalismo. Por isto som útiles para defender direitos em certos postos de trabalho concretos, empresas concretas, ou setores.
Historicamente parte da vanguarda prática proletária estivo vinculada aos sindicatos.
A história demostra que mui poucas pessoas (que já estábam mui motivadas) entre todas as que realiçam atividades sindicais, “maduram” politicamente ate o ponto de tomar plena consciência do mundo no que vivem.
É impossível que o aparato organizativo dum sindicato se transforme num contrapoder proletário. O contrapoder proletário nom é nengumha organizaçom setorial, nom tem esse tipo de limitaçóns. Os sindicatos por definiçom tenhem que buscar a maneira de oter certas melhoras económicas a curto prazo para um determinado número de pessoas no capitalismo. O contrapoder desde a sua origem nega ao poder burguês, aspira a derruba-lo e sustitui-lo. O contrapoder é um instrumento de governo, de poder político. O contrapoder som as massas armadas e organizadas conscientemente.
Nom estamos criticando aos sindicatos em si, criticamos certas políticas de certos dirigentes sindicais, criticaremos sobre todo que as organizaçóns comunistas criem falsas expetativas e, tenham postas as suas miras em utilizar aos sindicatos coma um instrumento revolucionário.
É curioso que estas mesmas organizaçóns nunca nos explicam como se da esse salto que nunca vimos. Esse salto na acumulaçom de forças de massas nas luitas económicas imediatas, para umha revoluçom na que se luita numha guerra polo poder político.

O frente-populismo.
As nossas críticas ao que chamamos frente-populismo, vam dirigidas à política que levárom a cavo as organizaçóns comunistas europeias depois da segunda guerra mundial. Esta política base-se nas alianças coa pequena-burguesia e a burguesia liberal, tendo como um dos seus pontos mais comuns a criaçom de plataformas eleitorais. Estas alianças ténhem como base um programa político comum entre estes setores organizados de diferentes classes. Buscam um maior grado de liberdades sociais, umhas melhoras na vida do povo trabalhador, mas que nom ponhem em perigo o poder político da burguesia. Tampouco servem para desenvolver a um nível politicamente superior a luita de classes, nem para passar da resistência espontânea a resistência estratégica. Com o que ténhem umhas capacidades políticas mui limitadas. Os compromissos que traem com elas estas alianças frente-populistas europeias, impedem a formulaçom pública dum programa revolucionário, limitam a liberdade de agitaçom, propaganda e, organizaçom, das organizaçóns proletárias revolucionárias. Para rematar estas alianças impedem totalmente que o partido se ponha mans a obra no comprimento dumhas tarefas políticas que som históricas, isto é que som umha necessidade histórica em cada momento do processo de organizaçom revolucionária do proletariado. Assí é coma por tomar o caminho mais rápido acabas caindo numha armadinha, na que por chegar rapidamente as grandes massas acabas renunciando a ter um programa revolucionário, acabas renunciando a emancipaçom da humanidade, acabas rebaixando as aspiraçóns, acabas convertido num revisionista.
Superar estes atrancos que acabamos de mencionar, superar estas lacras é o caminho da linha política justa, o caminho para superar as derrotas, o caminho cara luita por um mundo melhor, cara a conquista do poder político, a independência e o socialismo.

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